domingo, 30 de dezembro de 2012

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

RICARDO TERÁ MAIS UM MADATO

NUMA DISPUTA MUITO ACIRRADA DURANTE TODA A CAMPANHA, RICARDO
TEOBALDO CONSEGUIU SE REELEGER EM LIMOEIRO NA ÚLTIMA ELEIÇÃO
OCORRIDA NO DIA 07 DE OUTUBRO.

PRIMEIRA DAMA DA CAPITAL É LIMOEIRENCE







Cristina quer levar sua experiência para a PCR


O Social1 reedita a entrevista que fez com Cristina Melo, a futura primeira-dama do Recife, antes mesmo do marido, Geraldo Julio, ser eleito prefeito da cidade , no primeiro turno com 51% dos votos válidos. O encontro ocorreu no dia 22 de julho de 2012, quando o candidato ainda amargava o último lugar nas pesquisas. Reveja agora a entrevista que Cristina concedeu ao blog:

Cristina Melo tem uma rotina puxada. A mulher de Geraldo Julio, tem 39 anos (fez 40 no dia em que o marido foi eleito, no domingo dia 7 de outubro), nasceu na cidade de Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, estudou em colégio de freiras e é mãe de três filhos: Eduardo (9 anos), Rodrigo (7 anos) e Mariana (1 ano e 9 meses – agora já com 2). Trabalha diariamente no Imip como cardiologista pediátrica. Libriana, define-se como uma pessoa equilibrada, que sabe lidar com os outros, gosta de conversar e trocar experiências.

APRESENTANDO Cristina Melo é cardiologista pediatra e trabalha no Imip – Fotos: Dayvison Nunes/JC Imagem

O dia na casa da família começa cedo. Todos acordam às 5h30 da manhã. O café é servido às 6h15 e o motorista da família deixa os dois filhos mais velhos na escola, nos bairros de Parnamirim e Casa Forte. Cristina chega ao Imip às 7h30 para atender cerca de 15 pacientes no ambulatório. Busca as crianças na escola e almoça em casa todos os dias. Algumas vezes, consegue deixar os meninos em atividades como curso de inglês e judô. Retorna ao Imip à tarde para ver os pacientes da enfermaria. E à noite ainda confere tarefas e tira dúvidas.


EM FAMÍLIA A primeira-dama do Recife Cristina com os filhos Eduardo, Mariana e Rodrigo

Apesar de dizer que só pensará na função de primeira-dama após o resultado das eleições, ela se contradiz a revelar que prevê a redução do seu ritmo de trabalho caso o marido seja eleito. Um ritmo que já está intenso na campanha. ?Estou tentando me desdobrar, meus pacientes dependem de mim e não posso deixá-los. É uma rotina tripla: no Imip, na campanha e nas férias das crianças?, diz. E ainda lida com a reforma do apartamento. Recebeu a equipe do Social1 no hall do edifício porque o imóvel, no bairro da Torre, segundo ela estava ?sem condições.?

DONA DE CASA A entrevista foi no hall do edifício porque, na época, o apê estava em reforma

Mesmo com as especulações de que o governador Eduardo Campos iria lançar um candidato a prefeito, ela admitiu que a família ficou surpresa com o anúncio. ?Nosso projeto de vida atual era a manutenção de Geraldo na Secretaria (de Desenvolvimento Econômico). Sempre soubemos que um dia ele seria reconhecido pelo trabalho desenvolvido no governo. Quando veio a proposta, analisamos com carinho?, explicou.

ROTINA PUXADA Cristina divide o tempo entre o trabalho, família e as obrigações políticas do marido

Cristina diz que está pronta para contribuir com a Prefeitura, principalmente na área social. ?É inadmissível que em 2012, algumas pessoas ainda vivam como bichos. Queremos mudar essa realidade. O que não desejo para mim, não desejo para o próximo?, acrescenta. Sua participação se dera de acordo com as solicitações que lhe forem feitas. ?Sou parceira, ele é o protagonista. Estou pronta para o que der e vier. A partir do momento em que os projetos aparecerem e eu puder ajudar com minha experiência, irei contribuir?, afirmou.

MOMENTO FAMÍLIA Descontração com as crianças no jardim do edifício onde mora

A política, segundo Cristina, é assunto recorrente dentro de casa, onde o trabalho de Geraldo Julio sempre é discutido. ?O momento mais difícil foi a enchente da Mata Sul, quando Geraldo praticamente morou no Palácio, pois coordenava a Operação Reconstrução (na época, era secretário de Planejamento). A família se envolveu, doamos muitas roupas e objetos?, contou, emocionando-se ao lembrar o drama vivido pelas famílias atingidas. Cristina, de fato, não esconde a admiração pelo marido. ?Para um casal crescer junto, tem que ter admiração mútua. Minha realização profissional é ser médica. Do mesmo jeito que ele me olha e vê crescer, quero apoiá-lo e acompanhá-lo onde ele for?, concluiu, a agora primeira-dama”eleita” da cidade.

Fonte: JORNAL DE COMERCIO



sábado, 6 de outubro de 2012

De acordo com a velha lenda, Limoeiro foi uma aldeia de índios Tupis, numa região com muitos limoeiros (pés de limão), o que justifica o nome da cidade. Na história da fundação de Limoeiro, a origem do seu nome foi graças a um padre com o nome de Ponciano Coelho, que teria chegado à região para catequizar os índios. Conta-se que um dia chegou para morar perto de Limoeiro, em Poço do Pau, um português que tinha por nome Alexandre Moura, trazendo consigo a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, imagem essa que atraía os índios. Alexandre Moura construiu perto de sua residência uma igrejinha e colocou a imagem da referida Santa, que tinha missas celebradas pelo Pe. Ponciano Coelho, e organizando festas, sendo isso atração para as famílias que começaram a morar na localidade, ficando mais perto do movimento religioso.


Presume-se que o Pe. Ponciano Coelho fizera desaparecer a imagem de Nossa Senhora da Apresentação da Capela de Poço do Pau para Limoeiro, aldeia indígena onde hoje se ergue a torre da igreja Matriz, marco da fundação do povoado chamado Limoeiro de Nossa Senhora da Apresentação. Pode-se acreditar que a antiga aldeia de índios, hoje, Limoeiro, foi fundada pelos padres Manuel dos Santos e João Duarte do Sacramento, em 1711.

De acordo com o escritor limoeirense Antônio de Souza Vilaça,



“Poder-se-ia dar guarida à lenda do Pe. Ponciano anteriormente contada, contudo se sabe que antes disso, ao aldeamento já se dera o nome de Limoeiro. Talvez o Pe. João Duarte do Sacramento ou o Pe. Manuel dos Santos, os primeiros que cuidaram da catequese, sejam os responsáveis pelo sugestivo nome. Entretanto, consta de Velho documento que o Conde Maurício de Nassau ao relacionar as aldeias de sua jurisdição, Limoeiro, encabeçava a lista”.


Em 1752, o Pe. Ponciano Coelho recebeu a carta de Sesmaria, e Limoeiro cresceu deixando de ser aldeia de índios.



“No dia 6 de abril de 1893, Limoeiro passou a cidade, e como cidade a mesma teve seu primeiro prefeito Antônio José Pestana, seu primeiro Vigário Pe. Bartolomeu da Rocha. Neste dia se comemora a Emancipação Política de Limoeiro”.




MARCOS VINICIOS VILAÇA

Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça (nascido em Nazaré da Mata, 30 de junho de 1939, criado em Limoeiro) é um advogado, jornalista, professor, ensaísta e poeta brasileiro.


Membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Pernambucana de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasiliense de Letras e ex-ministro e presidente do Tribunal de Contas da União.

Filho único de Antônio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça. Pai do merchant Marcantonio Vilaça.

SUA CARREIRA:

 ex-Ministro e Presidente do Tribunal de Contas da União


 Professor de Direito Internacional Público na Universidade Federal de Pernambuco, desde 1964, e de Direito Administrativo (1967/1968)

 Professor de Direito Internacional Público na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Pernambuco

 Professor de História Política, Econômica e Social do Brasil, na Faculdade de Filosofia do Recife

 Professor do Seminário Especial para Líderes Estudantes Brasileiros, co-patrocinado pela Universidade de Harvard - USA (1965)

 Professor de História do Brasil, no Ginásio de Limoeiro (Pernambuco)

 Diretor da Caixa Econômica Federal

 Membro do Conselho Diretor PIS-PASEP

 Secretário Executivo do Programa Especial de Módulos Esportivos - PEME

 Coordenador do "Programa Nacional de Centros Sociais Urbanos - CSU" (Vinculado à SEPLAN - Presidência da República)

 Chefe da Casa Civil do Governo de Pernambuco

 Secretário de Estado do Governo de Pernambuco

 Assessor Jurídico da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco

 Secretário Particular do Presidente da República

 Presidente da Fundação Legião Brasileira de Assistência - LBA

 Membro do Conselho de Administração Financeira do SINPAS, do Ministério da Previdência e Assistência Social

 Curador da Fundação Nacional pró-Memória, do Ministério da Cultura , já tendo sido seu Presidente

 Membro do Conselho Diretor da Fundação Joaquim Nabuco (1966/1972, 1978/1984, 1984/1990), tendo ocupado, também, cargos na Procuradoria Jurídica e na Assessoria Especial

 Membro do Conselho de Administração da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil

 Presidente da Fundação Nacional de Arte - FUNARTE

 Chefe da Assessoria Jurídica do Grupo Especial para a Nacionalização de Agro-Indústria Canavieira do Nordeste - GERAN (1969)

 Secretário da Cultura do Ministério da Educação e Cultura

 Membro do Conselho Federal de Cultura

 Presidente do Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Ministério da Cultura

 Membro do Instituto Hispano Luso Americano de Direito Internacional e da Associação Argentina de Direito Internacional

 Autor de livros com edições no Brasil, Itália, França, Inglaterra e Venezuela

 Condecorações nacionais e estrangeiras




terça-feira, 11 de setembro de 2012

sábado, 8 de setembro de 2012

HISTÓRIA DA RADIO JORNAL

RÁDIO JORNAL DO COMMÉRCIO

Inicia-se em 20 de abril de 1942, a idealização da mais potente, aperfeiçoada , luxuosa e completa emissora de rádio das Américas do Sul e Central. Na Estrada de Santana, onde ficariam os transmissores, seria construído o Palácio do Rádio que levaria aos quatro cantos do mundo a voz da Rádio Jornal do Commercio. (RJC).
Inúmeras circunstâncias, no entanto, retardaram a inauguração do gigantesco empreendimento. Paixões políticas injustificadas, incompreensão de autoridades diversas, fatores de caráter pessoal, que não deveriam influir, privaram a população de ver instalada há mais tempo, a potente emissora.
A concessão deveu-se aos interesses de autoridades civis e militares em dotar a região Nordeste de uma emissora que se propusesse a investir na cultura e servir a defesa nacional. Com o intuito de atender a esta última finalidade e de agradecer o empenho do exército, a emissora cria um programa diário - Hora do Exército - dedicado às Forças Armadas para a divulgação de informações do seu interesse.
Em 04 de julho de 1948, vai ao ar a Rádio Jornal do Commercio com o prefixo PRL 6 nas ondas médias e ZYK 2 e ZYK 3 nas ondas curtas. Cerca de um mês antes da inauguração, a emissora realiza experiência com um de seus transmissores de ondas curtas, irradiando simultaneamente em ondas médias de 780 KHZ. Posteriormente, efetua irradiações com seus dois transmissores de freqüência modulada. Nessa fase experimental, o locutor Ernani Seve anuncia, nas ondas médias, o prefixo em português e Janet Slater Swaton transmite em inglês nas ondas curtas.
A emissora vai ao ar com o programa Protofonia anunciando a sua inauguração com o Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, artistas nacionais e internacionais, políticos, autoridades e com ampla cobertura da imprensa nacional.
Assumindo-se como uma “rádio espetáculo”, a RJC pretendia ser um marco na radiodifusão nacional, era a voz de Pernambuco Falando Para o Mundo. Contava com uma equipe técnica de aproximadamente quarenta pessoas chefiada por José Maria Carneiro de Albuquerque, auxiliado por um engenheiro da Marconi que veio montar os transmissores e o estúdio da rádio, estes localizados na Rua Marquês do Recife.
A programação inaugural inicia-se exatamente meio dia e estende-se até meia noite irradiando programas montados, de aproximadamente trinta minutos, de caráter evocativo, distintivo, patriótico e musical. Protofolia, Senzala, Canaviais, Nordeste, Sambologia, Farrapos, Ritmo, Inconfidência, Madrigais, entre outros, eram programas que homenageavam o rádio, a imprensa, a indústria, a música folclórica, o povo gaúcho, o jazz, a república dos Palmares, a BBC, etc...
A direção geral da emissora estava a cargo do Dr. Fernando Pessoa de Queiroz assessorado por Caio Souza Leão, na função de gerente. A organização da empresa estruturava-se em vários departamentos.
Departamento Musical: composto pelas Orquestras Sinfônicas sob a regência maestro Fittipaldi; Orquestra Jazz Paraguari sob a direção de Manoel Oliveira e a Orquestra Regional de Luperce Miranda, Wilson Santos, Ernani Reis e Jackson do Pandeiro.
Departamento Artístico: dirigido por Teófilo de Barros Filho e composto por atores, cantores, locutores, apresentadores e músicos, entre os quais: Ernani Seve, Aluizio Pimentel, Jairo de Barros, Hildemar Torres, Dirceu Matos, Maria da Graça, Manuel Malta, Fernando Távora, Geraldo Lopes, Francisco Barbosa, Nelson Pinto, Osman Lins, Expedito Baracho e Luiz Bandeira.
Departamento de Radioteatro: trabalhava em contato com o Departamento Artístico e era dirigido por Lima Filho. Seus principais produtores eram Alberto Lopes, Joel Pontes, Eronildes Silva e Osman Lins.
Departamento Técnico: dirigido por Paulo Pessoa de Queiroz, auxiliado pelos engenheiros Harry W. Wolden e Ulo Vilns, ambos vindos de Londres.
Departamento Comercial: dirigido por Luiz Vieira. De vital  importância para a empresa, esse departamento contava com patrocinadores como Casas Ramiro Costa, Fratelli Vita, Coca-Cola, Brahma e Antarctica.

A disputa pela audiência

Com a inauguração da Rádio Jornal do Commercio inicia-se um novo período no rádio pernambucano. Os programas passam a ser produzidos com mais cuidado e a participação de grandes nomes do eixo Rio-São Paulo faz-se presente no cotidiano do rádio pernambucano.
Nesse período, quando as rádios brasileiras ainda utilizavam o quarto de hora, onde o cantor se apresentava durante quinze minutos entremeados por mensagens publicitárias, a RJC oferecia programas de meia hora com uma temática bastante diversificada. Tinha o suporte de um cast permanente e a colaboração de intelectuais pernambucanos como Waldemar de Oliveira, Mário Sette, Osman Lins, Ubirajara Mendes e Emílio Duarte.
Acirrava-se a disputa entre a Rádio Jornal do Commercio e a Rádio Clube de Pernambuco. Como a RJC não conseguiu concretizar a proposta de formar um cast com novos artistas, propõe-se a trazer para a empresa, artistas locais já consagrados pelo público através da  Rádio Clube. Entre outros, trocam de emissora, Ernani Seve, Luiz Bandeira, Juracea Castelar e Fernando Castelão. Enquanto a Rádio Clube transmite duas apresentações diárias de radionovelas, uma ao final da tarde e outra à noite, a RJC veicula em quatro horários distribuídos ao longo do dia. Posteriormente, este número amplia-se para oito audições. A duração de cada capítulo era de quinze minutos e o tempo médio de duração da novela era cerca de quatro meses. Essas novelas, a princípio, eram compradas da Rádio Nacional, escritas por autores como Mário Lago, Juraci Camargo, Raimundo Lopes, etc... e apresentadas ao vivo pelo elenco local que seguia na íntegra o script original. Mais tarde, autores pernambucanos que faziam parte do cast da emissora começam a escrever. São eles: Alberto Lopes, Nelson Pinto e Osman Lins. Entre as radionovelas mais aplaudidas, citam-se Senzala, de Juraci Camargo; A luz vermelha, de Raimundo Lopes e Desiludida de Alberto Lopes. Outra novela de sucesso foi O maestro, escrita e produzida por Fernando Castelão. Dos anos 50, destacam-se  Primavera, Onde a terra acaba,  A professora e Não me queiras tanto.
Na década de 60, as novelas passam para a TV Jornal do Commércio e a emissora perde um segmento da maior importância na sua fase áurea.
Os programas de auditório foram fundamentais para o sucesso da RJC. Entre outros, destaca-se Variedades Fernando Castelão que vem transferido da Rádio Clube juntamente com o produtor e permanece no ar entre 1954 e 1957. Os programas de auditório eram geralmente apresentados pelo próprio produtor e exibiam músicas, brincadeiras, atrações, quadros humorísticos, etc... Dos programas de calouros, realizados também no auditório, surgiram bons intérpretes. Um grande incentivador deste tipo de programa foi Ernani Seve que estreou no programa dominical Está na hora, no dia 11 de julho de 1948. Apresentavam-se nos programas, nomes destaque no cenário artístico nacional, como Orlando Silva, Sílvio Caldas, Carlos Galhardo, Francisco Alves, etc... Do cenário internacional, várias foram as orquestras, cantores e artistas de cinema que visitaram a emissora. Entre outros, Bievenido Granda e Rosita Luna fizeram grande sucesso.
Peça fundamental na programação da Rádio Clube de Pernambuco, o Repórter Esso passa para a Rádio Jornal do Commercio em janeiro de 1949, na voz de Mário Teixeira. A transferência ocorre em função da audiência, da qualidade técnica e do cast da RJC, requisitos exigidos pela direção da Esso, no Brasil, para patrocinar as emissoras. Inicialmente, irradiado em quatro horários no decorrer do dia, o Repórter Esso dominava a audiência. O pernambucano reunia-se com familiares e amigos diante do seu rádio para ouvir atentamente as notícias. Em março de 1952, Édson de Almeida substitui Mário Teixeira que sai da emissora por falta de acordo salarial. Édson de Almeida permanece como apresentador exclusivo até o Repórter Esso ser extinto em todo o Brasil.
Na década de 50, com a inauguração da Rádio Tamandaré, a Rádio Jornal do Commercio busca uma identificação maior com a cultura regional.
Durante o período áureo da emissora, F. Pessoa de Queiroz trabalhava com afinco em busca de recursos. Dono de 90% do capital da Empresa Jornal do Commercio, lançava ações para o público, para industriais e latifundiários da região com o objetivo de conseguir recursos para cobrir os custos da rádio. Investia-se muito nos programas de auditório, nos equipamentos e principalmente no cast. A emissora não só trazia muitos artistas de fora mas também executava folias carnavalescas. A direção comercial desdobrava-se em busca de patrocinadores. O empresariado local era conservador e não acreditava na publicidade nem na penetração do rádio.
No período da ditadura, a emissora mantém-se eqüidistante do processo político. Por haver sofrido perseguições na Revolução de 30 ou por compromissos políticos assumidos na época, toda a empresa posiciona-se absolutamente de acordo com o regime. Em 1966, assume o comando da Empresa Jornal do Commércio, Paulo Pessoa de Queiroz que investe numa emissora de televisão em Salvador e para isso desestrutura a empresa, iniciando uma série de problemas e uma longa crise que se estende por vários anos. No aniversário de 20 anos da emissora e com o investimento direcionado para a televisão, já se observam os sinais de declínio da Empresa  Jornal do Commércio.
Em 1974, é decretada a intervenção na empresa e Alcides Lopes é nomeado para administrar a crise. Sem capital de giro e pressionado por dívidas, ele busca compradores.
Ao longo de dezoito anos de dificuldades, a empresa foi cogitada por muitos grupos. Os funcionários enfrentaram tempos difíceis passando por crises administrativas e a programação da RJC oscila com as  dificuldades.
Na década de 80, com a compra da empresa pelo Grupo Bom Preço, a emissora reorganiza-se e opta por uma programação prioritariamente informativa produzindo noticiários, programas esportivos, programas de variedades e crônica policial.
Em quatro décadas, a Rádio Jornal do Commercio produziu inúmeros programas importantes: Luar do Sertão, Música Itálica, Enquanto a cidade não dorme, Fantasias Nordestinas, Lanterna azul, Salve a retreta, Mesa redonda no ar e muitos outros produzidos por nomes da maior importância para o rádio pernambucano, como Manuel Malta, Rui Cabral, Djalma Miranda, Carlos Basto, Luiza de Oliveira, Paulo Duarte, etc...
Hoje, a Rádio Jornal é uma das grandes potências do radio nordestino sob o comando de João Carlos Paes Mendonça. O grupo JCPM tambem a proprietário da CBN Recife.
A emissora atualemte conta com unidades no interior em Limoeiro,Caruaru,Pesqueira, Garanhuns e Petrolina.
Os esportes são o forte da dinâmica RADIO JORNAL e  tem na sua equipe  o limoeirence Maciel Junior

JOÃO LIMOEIRO

João Limoeiro e a Ciranda Brasileira - João Limoeiro é um dos mais conhecidos poetas da Mata Norte pernambucana. Cirandeiro, é contemporâneo do Mestre Baracho, e viveu o auge da ciranda, nos anos 70, no Pátio de São Pedro. Foi um dos primeiros cirandeiros a abandonar o ritmo da ciranda.

JOÃO LIMOEIRO CANTA CAPA PRETA DA CIRANDA 1 DVD..flv

domingo, 26 de agosto de 2012


PERSONAGENS DE LIMOEIRO - FONTE:  ESCOLA CÔNEGO FERNANDO PASSOS
Firmino Cândido de Figueiredo
Nasceu em Limoeiro no dia 29 de junho de 1840. Seus pais chamavam-se Manuel Cândido Correia e Inácia de Figueiredo Correia . Deixou os estudos jurídicos e dedicou-se à poesia, procurando assimilar o estilo de Lamartine e Casimiro de Abreu. Sua produção poética é muito grande e mereceu da crítica os maiores elogios. Dramaturgo, escreveu e musicou peças clássicas e populares. Seus melhores versos, ele os publicou num livro que teve o título de Confidências, saindo a primeira edição no ano de 1869 e a segunda em 1885, ambas esgotadas, talvez pela apreciação que da obra fizeram Tomaz Pompeu de Souza Brasil, Juvenal Galeno e Franklin Távora. Criou dois produtos farmacêuticos muito conhecidos da população: Vinho de Cajurubeba e Elixir Sanativo. Faleceu aos 75 anos, no dia 8 de fevereiro de 1914.
 
Manoel Mendes da Cunha Azevedo
Nasceu em Limoeiro no dia 02/12/1797. Iniciou seus estudos jurídicos na Universidade de Coimbra, tendo os concluído na de Bolonha, onde, posteriormente diplomou-se em Direito Canônico. Seus conhecimentos sobre a matéria lhe valeu o título conferido pela Santa Sé, de Pregador Evangélico, talvez a primeira distinção dada a um brasileiro. Distinguiu-se pelos trabalhos visando à reabilitação dos conventos e dos direitos dos frades. Poliglota, falava o alemão, italiano, francês, inglês, espanhol e latim. Ao morrer, no dia 13/07/1858, deixou dois volumes de um livro destinado à Cátedra de Direito Romano, escritos em português e latim
 
José Fernandes Salsa
Chegou em Limoeiro ainda rapaz, no ano de 1882 vindo de Braga, Portugal. Foi respeitado em Limoeiro, onde o tinham na conta de líder econômico. Nada se fazia nesta cidade sem a intervenção de José Fernandes Salsa. Contribuiu para a construção da igreja de Santo Antônio (dinheiro) e trouxe junto com José Costa Vareda os bondes de burro. Salsa não passava mais de cinco anos sem ir a Portugal. Os limoeirenses sonhavam com essas viagens. Eram duas festas, uma na saída e outra no regresso, com presentes para as pessoas mais íntimas e grande recepção em toda cidade. A atual imagem de Santo Antônio, na igreja deste Santo, foi um presente de Sr. Salsa a Antônio Dourado depois de uma viagem a Portugal. E a bênção do Santo foi uma grande solenidade religiosa. Santo Antônio era por suas raízes portuguesas venerado profundamente por todos os portugueses de Limoeiro. A Festa de Santo Antônio chegou em alguns anos a disputar a preferência com a de São Sebastião, era uma festa de mais portugueses que de brasileiros. A Casa Salsa (casa comercial) era a maior fonte de abastecimento de secos e molhados da região. Hoje o que mais lembra José Fernandes é o Hospital Regional José Fernandes Salsa, cujo nome foi dado pelo Sr. Raimundo Moura Filho, casado com sua neta Alzira, por ele iniciado.

 Urbano Sabino Pessoa de Melo
Nasceu em Limoeiro em 1811, foi bacharel e doutor em Direito pela Faculdade de Olinda, posteriormente Faculdade de Direito do Recife e hoje pertencente a Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor e juiz de direito, mas deixou a função para dedicar-se a política e a advocacia. Apoiou a Revolução Praieira de 1848. Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e oficial da Ordem da Rosa. Finalmente tornou-se jurisconsultor, orador e jornalista e escreveu Apreciação da revolta Praieira de Pernambuco, em 1849. Trabalho de alto merecimento histórico Faleceu no Rio de Janeiro no dia 07/12/1870.
 
Sebastião de Vasconcelos Galvão
Um dos mais ilustres limoeirenses, se não o mais importante, pelo menos, o que intelectualmente, melhores serviços prestou à terra natal. Nasceu a 28/06/1865, em Limoeiro. Pretendeu ser médico e matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. Mas o falecimento do seu pai fez com que mudasse para o Recife, onde cursou Ciências Jurídicas e Sociais pela faculdade de Direito. Sua famosa obra – Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco – é um manancial de dados da maior significação não só para o Estado, mas principalmente para Limoeiro, sem o qual seria impossível remontar o passado antes de 1900. Além do Dicionário, sua principal obra, escreveu: Notícias Topográficas da Cidade do Recife e das Cidades de Goiana e Limoeiro e as biografias de Castro Alves, Franklin Távora e Joaquim Nabuco. Foi notável sua atividade intelectual.

Antônio Fabrício de Araújo Pereira – Monsenhor Fabrício
Nascido no Cedro em 05/11/1853. Foi um grande educador. Ordenou-se sacerdote no Seminário de Olinda e celebrou a 1ª Missa na Capela de Santana, no Engenho Guabiraba de propriedade dos seus pais. É importante a lista dos alunos do Monsenhor Fabrício, entre os quais se encontram os governadores: Severino Pinheiro, Agamenon Magalhães e Barbosa Lima. O Papa Pio X nomeou Monsenhor Fabrício, Bispo do Piauí, a Bula assinada pelo Papa é de legítimo pergaminho, manuscrito em latim com o selo e as armas do Vaticano. Este documento encontra-se sob a guarda de D. Alice Coutinho, residente nesta cidade.


Dr. Severino Marques de Queiroz Pinheiro Sua vinda para Limoeiro foi determinada pelas agitações que ocorriam aqui pelo ano de 1907. Algumas mortes e a presença de Antônio Silvino (cangaceiro) em Limoeiro determinaram a vinda de um delegado especial e do Dr. Pinheiro para ocupar a promotoria. Logo se tornou uma pessoa querida pelo Sr. José Fernandes Salsa, namorando Beatriz, filha única do casal. No começo da vida em Limoeiro, o Dr. Pinheiro, casa-se e vive na casa do sogro. Faz parte da firma José Fernandes Salsa e Cia. Tornou-se político sendo três vezes vereador, duas vezes prefeito, uma vez senador estadual e governador de Pernambuco. Homem pacífico e resoluto. Não voltava atrás depois de assumir um compromisso. O seu período administrativo desenvolveu-se debaixo de um clima intranqüilo. No seu governo, em 1922, sua grande alegria foi ver Limoeiro 1º Campeão Matuto de Futebol no interior de Pernambuco.

Francisco Heráclio do Rego (Coronel Chico)
Nasceu no dia 03/10/1885 e faleceu no dia 03/10/1974. Um homem que fez mais o bem que o mal. Não era santo. Também não era o diabo que pintavam. Chico Heráclio simbolizou uma época e lhe deu vida. Foi o maior e mais autêntico dos coronéis, da mocidade à velhice. Coronel Chico morreu com todas as suas heranças e atavios, sem fazer concessões à civilização e aos avanços do progresso, imutável na sua maneira de ser e de conceber as coisas. Não era um letrado. Assinava o nome e lia com algum desembaraço. Mas dava a vida por notícias e comentários através de jornais. Quando menino, ao contrário dos irmãos, não estudou. Mas dentro de suas poucas letras o coronel era um poço de sabedoria. Baile só começava com a sua chegada. Inquieto tinha capacidade incomum de comando, decidido e corajoso sem descuidar a prudência e o tato marcante. A coragem prudente do "Senhor das Varjadas" fez praça no Brasil inteiro.


Padre Adauto Nicolau Pimentel (Padre Nicolau) Nasceu no dia 07/01/1905 na cidade de Orobó. Era um velho com pinta de moço. Nos tempos de seminário, ganhou o apelido de Doutor. Muito jeitoso para medicina, sua vocação frustrada, o Padre organizou sua farmacopéia e inventara que nela havia meios até para curar quebranto e espinhela caída.
Era um homem puro de gestos, palavras e sentimentos. Em 19 de março de 1934, ele fundava o ginásio de Limoeiro. O trabalho maior foi o de encontrar um prédio para funcionamento das aulas. Gomes Maranhão, então Prefeito, resolveu o caso dos salões de aula: destinou ao Ginásio o prédio do FORUM. O padre Nicolau também foi prefeito da cidade de Limoeiro, vindo a falecer em 23/07/1982 em Recife, sendo sepultado em Limoeiro.


Austriclínio Ferreira Quirino (Austro Costa) Nasceu no dia 06/05/1899, ainda jovem, morrem seus pais, e um tio, o velho Francisco Ribeiro, mais conhecido pela alcunha de Chico Marinheiro, toma-o a seus cuidados, inicia-o nas letras e no ofício de caixeiro. Menino de escola, de ascendência pobre, começou a redigir gazetinhas manuscritas, que foram O Ideal e O Vadio. No ano de 1913, teve seus primeiros versos publicados no periódico humorístico "O Empata" (primeiro jornal do Limoeiro impresso tipograficamente). Austro Costa decidiu, em meados de 1917, tomar o caminho do Recife. Considerava-se capacitado para enfrentar o "batente" legítimo da imprensa maior. Publicou dois livros de poesias: "Mulheres e Rosas" e "Vida e Sonho", prêmio da Academia Pernambucana de Letras. Foi um dos mais destacados filhos da nobre terra limoeirense. O admirável poeta limoeirense faleceu a 29 de outubro de 1953, na capital do Estado, vítima de um desastre de ônibus quando ainda tinha a alma cheia de sonhos bons, o espírito iluminado de poesia e amor. Era reconhecido no estado e no país.

Otaviano Heráclio Duarte Nasceu em Bom Jardim no dia 30/11/1915. Tornou-se industrial, beneficiando algodão, sendo um dos maiores exportadores do país. Não pode dar-se ao luxo de freqüentar escolas secundárias nem superiores. Tinha ambição em vencer e grande vocação para os negócios e para os empreendimentos arrojados. Era agricultor e pecuarista. Possuía inúmeras fazendas. Realizou um plano magnífico de trabalho e destacou-se como um grande brasileiro que semeava trabalho e dignificava seu próximo.

Irmã Gabrielli Andash De origem alemã, chegou a Limoeiro em 1939. Foi uma das fundadoras da Escola Regina Coeli, da OSSI e da COOPARMIL. Educou várias gerações, dedicando-se ao ensino de matérias específicas do antigo Curso Normal. Construiu junto com outras freiras as escolas existentes no monte do Redentor. Irmã Gabrielli também criou os "clubinhos", onde as professorandas que estudavam no Regina Coeli orientavam meninas, ensinando-lhes bordados e artesanato. Algumas vezes foi merecidamente agraciada com medalha de ouro e honra ao mérito, pelo Governo do Estado de Pernambuco.


Padre Luigi Cecchin – Padre Luís Nasceu no dia 11/12/1924, na Itália. Chegou em Limoeiro no ano de 1967, muito fez e continua fazendo em benefício de nossa comunidade. Algumas de suas benfeitorias: Creche Jardim de Infância, Casa para os sem família, Cursos profissionalizantes e o Centro de Formação de Menores.

domingo, 5 de agosto de 2012

MORRE SEVERINO ARAUJO

Morre maestro Severino Araújo

04/08/2012 02:00 -

RIO DE JANEIRO (AE) - O maestro Severino Araújo, de 95 anos, que durante 67 anos comandou a Orquestra Tabajara, morreu ontem no Rio, vítima de infecção urinária e consequente falência múltipla dos órgãos. Diabético, ele estava internado desde 20 de julho no Hospital Ipanema Plus, na Zona Sul. O enterro será hoje, ao meio-dia, no cemitério São João Batista, em Botafogo (Zona Sul).

Criada em 1933, a Tabajara é a mais antiga orquestra de baile do Brasil e continua em atividade. Severino deixou a orquestra em 2005, quando transferiu a função de maestro ao irmão Jaime, saxofonista, hoje com 87 anos. Nascido na cidade de Limoeiro (Agreste Setentrional do Estado) em 23 de abril de 1917, filho do professor de música e regente de banda Cazuzinha, Severino começou a estudar música aos 6 anos e logo demonstrou seu talento. Dono de “ouvido absoluto”, aos 8 anos ele já ajudava o pai a dar aulas aos instrumentistas; aos 12 anos dominava instrumentos de sopro e compunha e aos 16 esboçou os primeiros arranjos.

Em 1933 a família se mu­dou para Ingá, na Paraíba, onde Severino começou a trabalhar profissionalmente como músico. Em 1936 ele foi convidado para tocar na Banda da Polícia de João Pessoa, e em 1937 foi contratado pela Tabajara, criada quatro anos antes. Em 1938 o regente da Tabajara e pianista Luna Freire morreu e Severino foi convidado para substituí-lo.
O maestro foi para o Rio em 1944, e no ano seguinte os demais músicos da Tabajara também se mudaram para a então capital federal, onde a orquestra começou a brilhar nas rádios e nos salões de baile.

DISCOS
A Tabajara gravou mais de cem discos, acompanhou os principais artistas brasileiros (Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia), fomentou o talento de muitos músicos (o clarinetista Paulo Moura integrou seus quadros), tocou para presidentes da República (Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek) e teve crooners famosos como Jamelão e Elizeth Cardoso.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

VOLEI DE PRAIA EM LIMOEIRO

Vôlei de Praia em Limoeiro

Depois de sediar uma etapa do Campeonato Sulamericano de Vôlei de Praia, em 2011, o município de Limoeiro se prepara para receber mais um evento do segmento. Este ano, a cidade receberá uma etapa do Campeonato Brasileiro Universitário de Vôlei de Praia. A competição acontecerá entre os dias 02 e 05 de agosto, em uma arena móvel montada ao lado da Academia das Cidades, as margens da PE-50. A parceria firmada entre a Federação Pernambucana de Voleibol (FEVEPE) e a Prefeitura de Limoeiro permitirá o município receber, em média, 20 duplas masculinas e 20 duplas femininas de diversos estados brasileiros.
“Vamos manter a mesma estrutura da competição passada. Aproximadamente 80 atletas vão estar em Limoeiro hospedados e se alimentando. Além da difusão e da interiorização do esporte, isso significa o fortalecimento do turismo e da economia da cidade”, destacou o ex-jogador e atual diretor da FEVEPE, Lula. Ele informou que no dia 02 de agosto acontecerá o congresso técnico no plenário da Câmara Municipal de Vereadores. Nos dias 03, 04 e 05 de agosto serão realizados os jogos. “Como muitas pessoas trabalham no comércio durante o dia, estamos analisando a possibilidade de incluir na tabela alguns jogos no período da noite. Assim vamos contemplar a todos”, adiantou Lula.
Em 2011, a mesma competição foi realizada nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. “Este ano vem para Limoeiro. Seria até um paradoxo, mas o diferencial é que estamos com o pensamento de fortalecer o esporte no interior”, disse o diretor, ao destacar que o evento será de alto nível e que garantirá as duplas melhores classificadas, vaga para disputa do mundial, que acontecerá no mês de setembro, em Maceió/AL.
FONTE: Jornal O COTIDIANO 

sábado, 28 de julho de 2012

CERU


                                                  http://www.ceru.com.br/escola.aspx

Zé de Teté dá o tom


Zé de Teté dá o tom do coco de roda em Limoeiro

Artista foi tema de um documentário dirigido pelo conterrâneo Walter Eudes

28/07/2012 02:05 - RODRIGO ALMEIDA, da Folha de Pernambuco

Aurélio Velho/Divulgação
Coquista lança, hoje, o álbum “O Rei do Coco Chegou”
O coco de roda é uma manifestação cultural bastante complexa: articula música, poesia e dança, além de possuir uma sonoridade que não vem apenas da voz do coquista e dos instrumentos de percurssão (pandeiro, ganzá e zabumba), mas depende do acompanhamento das palmas e das “pisadas” dos presentes na ocasião. Profundo conhecedor dessa ar­te, o pernambucano Zé de Teté chega ao seu décimo disco “O Rei do Coco Chegou” (o segundo gravado de forma profissional em estúdio), com show de lançamento neste sábado (28), às 20h, no anfiteatro da Praça da Bandeira, em Limoeiro, sua cidade natal. A entrada é gratuita.
O artista foi tema recentemen­te de um documentário dirigido pelo conterrâneo Walter Eudes, que revelou entre outras coi­sas, a forma como ele conci­lia o ofício de coquista e a pro­fissão de barbeiro, herdada do pai, atividade que lhe permi­te o sustento da família. O ál­bum foi viabilizado através do Fun­cultura, contando com on­ze faixas e uma vinheta de a­ber­tura, todas compostas pelo próprio músico. “Inicialmente fiz uma coletânea de vinte e duas canções, mas os meninos da produção terminaram sele­cio­nando as onze melhores. A­­cho que o show vai ser muito a­ni­ma­do, porque teve muita divul­gação aqui na cidade”, explica.
Com faixas como “Baralho Novo”, “As Obras da Natureza” e “O Canto dos Passarinhos”, o cantor reforçou os temas populares de sua carreira, que conta com apresentações em diferentes palcos, dentro e fora do Estado, participando inclusive do projeto Fuloresta do Samba ao lado de Siba. “Comecei a fazer coco em 1970, mas desde pequeno gostava muito dos folguedos de São João, algo que influenciou minha preferência pelo coco, que ficou mais forte quando conheci o trabalho do cantador Paulo Faustino”, lembra. Zé subirá ao palco acompanhado de percussionistas, além dos cantores responsáveis pelo resposta, que fazem a segunda voz na cantoria.
Escute Zé de Teté na segunda-feira (30), no programa Fo­lha na Tarde, com Lina Fernan­des, às 16h, na Rádio Folha FM 96,7.
SERVIÇO
Show de lançamento do álbum “O Rei do Coco Chegou” , de Zé de Teté
Sábado (28), às 20h
Anfiteatro da Praça da Bandeira, centro de Limoeiro
Aberto ao público

sábado, 21 de julho de 2012

PROFESSOR ANTÔNIO VILAÇA

Antônio de Sousa Vilaça veio ao mundo na propriedade Kágado, do município de Lajedo-PE, em 3 de outubro de 1914, sendo seus pais: Guilhermino Virgulino de Sobral e Dona Cecília de Sousa Vilaça.

Foi aluno do Seminário de Garanhuns, transferindo-se muito cedo para a cidade de Nazaré da Mata, onde conclui os estudos, casa-se com a Srta. Evalda Rodrigues e nasce-lhes o único filho: Marcos Vinícios Rodrigues Vilaça, mais tarde ministro do TCU e, atualmente, presidente da Academia Brasileira de Letras.

À sua terra, Lajedo, prestou relevantes serviços, dentre os quais destacamos o esforço empreendido para a construção da Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, anos depois demolida, e agora re­construída; a luta para elevação de Lajedo à condição de Paróquia e, sobretudo, seu desempenho no processo que culminou com a nossa autono­mia política, conforme narra em suas memórias: "Era deputado estadual Heráclio do Rego e a meu pedido ele apresentou à Câmara projeto que se tornou vitorioso. A Lei 377, de 24 de dezembro de 1948, assinada pelo Governador Barbosa Lima desmembrou o distrito de  Lajedo do município de Canhotinho". Num feliz reconhecimento  é designado primeiro prefeito da nova cidade seu pai Guilhermino Virgulino de Sobral (Guilhermino PauIo).

Passando a residir na cidade de Limoeiro, a qual dedicou mais de sessenta anos de sua existência, foi juiz preparador, tornou-se prefeito na década de 50, vereador em duas legislaturas, diretor da Cooperativa Agropecuária de Limoeiro e professor das cadeiras de Português e História do Colégio Padre Nicolau Pimentel, hoje Ginásio do Limoeiro.

Educador, escritor e jornalista, Antônio Vilaça produziu e publicou obras marcantes, constando de sua bibliografia os seguintes títulos: Páginas de Limoeiro (1952), Meu Limão meu Limoeiro (1969), Histórias que  Limoeiro Conta (1971), À Sombra de Dois Pinheiros (1973), Livro Memória (1978), Evalda, Companheira da Longa Caminhada (1990) e As Astúcias do Coronel (1995 ).

Como jornalista assinou trabalhos para o Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, ainda escrevendo crônicas para a Rádio Difusora de Limoeiro. Foi diretor da AIP (Associação de Imprensa de Pernambuco).

Este ilustre lajedense veio a falecer em 27 de junho de 2003, quase aos 89 anos de idade, praticamente sem visão, deixando-nos, entretanto, inestimável legado intelectual, que muito nos dignifica: a Laje­do, seu lugar de origem; Limoeiro, sua terra de adoção, enriquecendo conseqüente e substancialmente o patrimônio cultural de Pernambuco.

 Desenvolvido Por: Murilo Dornelas

O RIO CAPIBARIBE


O Rio Capibaribe é um dos rios do estado de Pernambuco, no Brasil. Seu nome é originário da língua tupi e significa "na água de capivara", através da junção dos termos kapibara ("capivara"), y ("água") e pe Nasce na Serra de Jacarará, no município de Poção. Antes de desaguar no Oceano Atlântico, passa pelo Centro da cidade do Recife.
Possui 240 quilômetros de extensão e sua bacia, aproximadamente 5 880 quilômetros quadrados. Possui cerca de 74 afluentes e banha 42 municípios pernambucanos, entre eles Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Limoeiro, Paudalho, São Lourenço da Mata e o Recife.
Seu curso é dividido em três partes: o alto e o médio curso, situados no Polígono das Secas, onde o rio apresenta regime temporário (cheio sazonalmente) e o baixo curso, quando se torna perene, a partir do município de Limoeiro, no agreste do estado.
Divide a área central da cidade do Recife. Atravessa vários de seus bairros: Várzea, Caxangá, Apipucos, Monteiro, Poço da Panela, Santana, Casa Forte, Torre, Capunga, Derby, Madalena. Faz confluência com o Rio Beberibe atrás do Palácio do Campo das Princesas, antes de desaguar no Oceano Atlântico. Seu braço sul passa por Afogados, ilha do Retiro, rumo à ilha Joana Bezerra, juntando-se ao rio Tejipió e chegando à foz no porto do Recife.

RÁDIO VERAS VIDEO

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domingo, 15 de julho de 2012

NOSSOS ESCRITORES

Austro-Costa: 110 anos em revista

Rita de Cássia Barbosa de Araújo
Historiadora e Diretora de Documentaçãoda Fundação Joaquim Nabuco

APRESENTAÇÃO

Austro-Costa, nascido Austriclínio Ferreira Quirino, em 1899, no município de Limoeiro situado no Agreste pernambucano, distante 77 Km do Recife, traz na biografia uma das marcas sociais de sua geração: a dos que, nascidos em cidade e vilarejos interioranos do país, entre a segunda metade do século XIX e primeira do século XX, migravam para os grandes centros urbanos, para o Recife, por exemplo, como o fez Austro-Costa ainda jovem, em busca de maiores oportunidades de estudo, trabalho e ascensão social. Como traço particular — que mais tarde revelaria ser sua verdadeira vocação profissional e seria responsável por sua memória não se desvanecer no tempo —, manifestou desde criança o gosto pela escrita, o veio poético, a capacidade de observar o mundo cotidiano e de traduzi-lo em crônicas a que deram vida os inúmeros jornais e revistas publicados em Pernambuco entre 1910 e 1950. Embora situado na periferia do sistema econômico capitalista mundial, o Recife se destacava nos cenários nacional e regional como centro hegemônico do então chamado Norte Agrário ou região açucareira do Norte do Brasil. Terceira maior cidade do país, era mais que uma grande praça do comércio de exportação e importação, tendo no açúcar e no algodão seus dois principais produtos no comércio exterior. Além da indústria açucareira, havia outras não necessariamente vinculadas àquela: indústrias de tecido, fundação a vapor, gelos e bebidas, serrarias, prensas de algodão, cervejaria, biscoitos, massas alimentícias, doces, óleos, sabão, anil, cigarros, vidros, dentre outras. A presença das indústrias significava a existência não apenas de uma classe dominante formada por industriais — a par dos grandes proprietários de terra e comerciantes —, mas também de uma classe trabalhadora urbana que não tardou em se organizar em sindicatos: em 1919, o operariado do Recife organizou a primeira greve geral da história local. À crescente complexidade da estrutura social urbana correspondia também o aumento de uma classe média que buscava se afirmar para além dos esquemas de compadrio e dependência dos grandes chefes políticos e oligarcas.

Culturalmente, a década 1920 — que assistiu ao desabrochar do jornalista e poeta Austro-Costa no mundo social e intelectual local —, foi marcada por conflitos e tensões entre o velho e o novo, entre a tradição e a modernidade. As grandes tendências culturais, estéticas, políticas, científicas e filosóficas, que agitavam o mundo das artes, da cultura e das ciências nos âmbitos nacional e internacional, traduziram-se então, num surto inovador, em Regionalismo e Modernismo. Austro-Costa, poeta, esteve mais próximo do Modernismo, movimento que encontrou em Joaquim Inojosa seu maior propagador na atual região Nordeste do Brasil; enquanto Gilberto Freyre sobressaiu como o grande idealizador e difusor do Regionalismo, a seu modo modernista, como costumava dizer. A imprensa era o principal veículo de circulação de ideias e intelectuais, escritores e poetas que se quisessem fazer notar e, quiçá, respeitar, haviam de, necessariamente, possuir vínculos com os órgãos de imprensa ou colaborar nos periódicos. Austro-Costa não fugiu à regra. Escreveu para diversos periódicos pernambucanos, desde os da grande imprensa de circulação diária aos órgãos de grupos carnavalescos e de humor, passando pela Revista do Norte, símbolo maior do movimento cultural inovador de matriz pernambucana: Jornal do Recife, Diario de Pernambuco, A Pilhéria, Pra Você, e tantos outros. Destacou-se como um dos grandes cronistas da vida social mundana do Recife e de Olinda. Sob os pseudônimos de Afêquirino, Alcedo Tryste, Chrispim Fialho, Fra-Diávolo, João da Rua Nova, João Queremista, João-do-Moka, Silvio d‘Almeida, Tybaldo d‘Alcazão, Tritão e X, registrou comportamentos e atitudes coletivos, o mundo da moda e da sociabilidade burguesas então emergentes no Recife dos anos 1920 e 1930: as elegantes da Rua Nova, os flirts nas praias e retretas de Olinda, o footing em Boa Viagem, os pastoris e bumbas-meu-boi do Pina, as moças alegres do Carnaval. Escritos dispersos, espalhados entre dezenas de periódicos, escondidos sob pseudônimos, impossíveis de serem identificados em sua autoria por leitores pósteros e mesmo por pesquisadores da história social e cultural, por antropólogos, sociólogos, psicólogos, que encontram nas crônicas jornalísticas fontes inestimáveis de pesquisa para a apreensão e o conhecimento de uma dada realidade histórica e social. Ao identificarem e reunirem nesta bibliografia Austro-Costa: 110 anos em revista, suas organizadoras Lúcia Gaspar e Virgínia Barbosa — com o estudo introdutório de Paulo Gustavo, que contextualiza a produção poética de Austro-Costa em seu tempo e lugar — oferecem, mais que traços da biografia de um intelectual nascido e atuante em região periférica do capitalismo, um autêntico guia de pesquisa àqueles interessados em conhecer fatos cotidianos e melindres que preencheram os dias e as horas de homens e mulheres que viveram entre as décadas de 1920, 1930 e 1940, no Recife e alhures.

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