domingo, 26 de agosto de 2012


PERSONAGENS DE LIMOEIRO - FONTE:  ESCOLA CÔNEGO FERNANDO PASSOS
Firmino Cândido de Figueiredo
Nasceu em Limoeiro no dia 29 de junho de 1840. Seus pais chamavam-se Manuel Cândido Correia e Inácia de Figueiredo Correia . Deixou os estudos jurídicos e dedicou-se à poesia, procurando assimilar o estilo de Lamartine e Casimiro de Abreu. Sua produção poética é muito grande e mereceu da crítica os maiores elogios. Dramaturgo, escreveu e musicou peças clássicas e populares. Seus melhores versos, ele os publicou num livro que teve o título de Confidências, saindo a primeira edição no ano de 1869 e a segunda em 1885, ambas esgotadas, talvez pela apreciação que da obra fizeram Tomaz Pompeu de Souza Brasil, Juvenal Galeno e Franklin Távora. Criou dois produtos farmacêuticos muito conhecidos da população: Vinho de Cajurubeba e Elixir Sanativo. Faleceu aos 75 anos, no dia 8 de fevereiro de 1914.
 
Manoel Mendes da Cunha Azevedo
Nasceu em Limoeiro no dia 02/12/1797. Iniciou seus estudos jurídicos na Universidade de Coimbra, tendo os concluído na de Bolonha, onde, posteriormente diplomou-se em Direito Canônico. Seus conhecimentos sobre a matéria lhe valeu o título conferido pela Santa Sé, de Pregador Evangélico, talvez a primeira distinção dada a um brasileiro. Distinguiu-se pelos trabalhos visando à reabilitação dos conventos e dos direitos dos frades. Poliglota, falava o alemão, italiano, francês, inglês, espanhol e latim. Ao morrer, no dia 13/07/1858, deixou dois volumes de um livro destinado à Cátedra de Direito Romano, escritos em português e latim
 
José Fernandes Salsa
Chegou em Limoeiro ainda rapaz, no ano de 1882 vindo de Braga, Portugal. Foi respeitado em Limoeiro, onde o tinham na conta de líder econômico. Nada se fazia nesta cidade sem a intervenção de José Fernandes Salsa. Contribuiu para a construção da igreja de Santo Antônio (dinheiro) e trouxe junto com José Costa Vareda os bondes de burro. Salsa não passava mais de cinco anos sem ir a Portugal. Os limoeirenses sonhavam com essas viagens. Eram duas festas, uma na saída e outra no regresso, com presentes para as pessoas mais íntimas e grande recepção em toda cidade. A atual imagem de Santo Antônio, na igreja deste Santo, foi um presente de Sr. Salsa a Antônio Dourado depois de uma viagem a Portugal. E a bênção do Santo foi uma grande solenidade religiosa. Santo Antônio era por suas raízes portuguesas venerado profundamente por todos os portugueses de Limoeiro. A Festa de Santo Antônio chegou em alguns anos a disputar a preferência com a de São Sebastião, era uma festa de mais portugueses que de brasileiros. A Casa Salsa (casa comercial) era a maior fonte de abastecimento de secos e molhados da região. Hoje o que mais lembra José Fernandes é o Hospital Regional José Fernandes Salsa, cujo nome foi dado pelo Sr. Raimundo Moura Filho, casado com sua neta Alzira, por ele iniciado.

 Urbano Sabino Pessoa de Melo
Nasceu em Limoeiro em 1811, foi bacharel e doutor em Direito pela Faculdade de Olinda, posteriormente Faculdade de Direito do Recife e hoje pertencente a Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor e juiz de direito, mas deixou a função para dedicar-se a política e a advocacia. Apoiou a Revolução Praieira de 1848. Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e oficial da Ordem da Rosa. Finalmente tornou-se jurisconsultor, orador e jornalista e escreveu Apreciação da revolta Praieira de Pernambuco, em 1849. Trabalho de alto merecimento histórico Faleceu no Rio de Janeiro no dia 07/12/1870.
 
Sebastião de Vasconcelos Galvão
Um dos mais ilustres limoeirenses, se não o mais importante, pelo menos, o que intelectualmente, melhores serviços prestou à terra natal. Nasceu a 28/06/1865, em Limoeiro. Pretendeu ser médico e matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. Mas o falecimento do seu pai fez com que mudasse para o Recife, onde cursou Ciências Jurídicas e Sociais pela faculdade de Direito. Sua famosa obra – Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco – é um manancial de dados da maior significação não só para o Estado, mas principalmente para Limoeiro, sem o qual seria impossível remontar o passado antes de 1900. Além do Dicionário, sua principal obra, escreveu: Notícias Topográficas da Cidade do Recife e das Cidades de Goiana e Limoeiro e as biografias de Castro Alves, Franklin Távora e Joaquim Nabuco. Foi notável sua atividade intelectual.

Antônio Fabrício de Araújo Pereira – Monsenhor Fabrício
Nascido no Cedro em 05/11/1853. Foi um grande educador. Ordenou-se sacerdote no Seminário de Olinda e celebrou a 1ª Missa na Capela de Santana, no Engenho Guabiraba de propriedade dos seus pais. É importante a lista dos alunos do Monsenhor Fabrício, entre os quais se encontram os governadores: Severino Pinheiro, Agamenon Magalhães e Barbosa Lima. O Papa Pio X nomeou Monsenhor Fabrício, Bispo do Piauí, a Bula assinada pelo Papa é de legítimo pergaminho, manuscrito em latim com o selo e as armas do Vaticano. Este documento encontra-se sob a guarda de D. Alice Coutinho, residente nesta cidade.


Dr. Severino Marques de Queiroz Pinheiro Sua vinda para Limoeiro foi determinada pelas agitações que ocorriam aqui pelo ano de 1907. Algumas mortes e a presença de Antônio Silvino (cangaceiro) em Limoeiro determinaram a vinda de um delegado especial e do Dr. Pinheiro para ocupar a promotoria. Logo se tornou uma pessoa querida pelo Sr. José Fernandes Salsa, namorando Beatriz, filha única do casal. No começo da vida em Limoeiro, o Dr. Pinheiro, casa-se e vive na casa do sogro. Faz parte da firma José Fernandes Salsa e Cia. Tornou-se político sendo três vezes vereador, duas vezes prefeito, uma vez senador estadual e governador de Pernambuco. Homem pacífico e resoluto. Não voltava atrás depois de assumir um compromisso. O seu período administrativo desenvolveu-se debaixo de um clima intranqüilo. No seu governo, em 1922, sua grande alegria foi ver Limoeiro 1º Campeão Matuto de Futebol no interior de Pernambuco.

Francisco Heráclio do Rego (Coronel Chico)
Nasceu no dia 03/10/1885 e faleceu no dia 03/10/1974. Um homem que fez mais o bem que o mal. Não era santo. Também não era o diabo que pintavam. Chico Heráclio simbolizou uma época e lhe deu vida. Foi o maior e mais autêntico dos coronéis, da mocidade à velhice. Coronel Chico morreu com todas as suas heranças e atavios, sem fazer concessões à civilização e aos avanços do progresso, imutável na sua maneira de ser e de conceber as coisas. Não era um letrado. Assinava o nome e lia com algum desembaraço. Mas dava a vida por notícias e comentários através de jornais. Quando menino, ao contrário dos irmãos, não estudou. Mas dentro de suas poucas letras o coronel era um poço de sabedoria. Baile só começava com a sua chegada. Inquieto tinha capacidade incomum de comando, decidido e corajoso sem descuidar a prudência e o tato marcante. A coragem prudente do "Senhor das Varjadas" fez praça no Brasil inteiro.


Padre Adauto Nicolau Pimentel (Padre Nicolau) Nasceu no dia 07/01/1905 na cidade de Orobó. Era um velho com pinta de moço. Nos tempos de seminário, ganhou o apelido de Doutor. Muito jeitoso para medicina, sua vocação frustrada, o Padre organizou sua farmacopéia e inventara que nela havia meios até para curar quebranto e espinhela caída.
Era um homem puro de gestos, palavras e sentimentos. Em 19 de março de 1934, ele fundava o ginásio de Limoeiro. O trabalho maior foi o de encontrar um prédio para funcionamento das aulas. Gomes Maranhão, então Prefeito, resolveu o caso dos salões de aula: destinou ao Ginásio o prédio do FORUM. O padre Nicolau também foi prefeito da cidade de Limoeiro, vindo a falecer em 23/07/1982 em Recife, sendo sepultado em Limoeiro.


Austriclínio Ferreira Quirino (Austro Costa) Nasceu no dia 06/05/1899, ainda jovem, morrem seus pais, e um tio, o velho Francisco Ribeiro, mais conhecido pela alcunha de Chico Marinheiro, toma-o a seus cuidados, inicia-o nas letras e no ofício de caixeiro. Menino de escola, de ascendência pobre, começou a redigir gazetinhas manuscritas, que foram O Ideal e O Vadio. No ano de 1913, teve seus primeiros versos publicados no periódico humorístico "O Empata" (primeiro jornal do Limoeiro impresso tipograficamente). Austro Costa decidiu, em meados de 1917, tomar o caminho do Recife. Considerava-se capacitado para enfrentar o "batente" legítimo da imprensa maior. Publicou dois livros de poesias: "Mulheres e Rosas" e "Vida e Sonho", prêmio da Academia Pernambucana de Letras. Foi um dos mais destacados filhos da nobre terra limoeirense. O admirável poeta limoeirense faleceu a 29 de outubro de 1953, na capital do Estado, vítima de um desastre de ônibus quando ainda tinha a alma cheia de sonhos bons, o espírito iluminado de poesia e amor. Era reconhecido no estado e no país.

Otaviano Heráclio Duarte Nasceu em Bom Jardim no dia 30/11/1915. Tornou-se industrial, beneficiando algodão, sendo um dos maiores exportadores do país. Não pode dar-se ao luxo de freqüentar escolas secundárias nem superiores. Tinha ambição em vencer e grande vocação para os negócios e para os empreendimentos arrojados. Era agricultor e pecuarista. Possuía inúmeras fazendas. Realizou um plano magnífico de trabalho e destacou-se como um grande brasileiro que semeava trabalho e dignificava seu próximo.

Irmã Gabrielli Andash De origem alemã, chegou a Limoeiro em 1939. Foi uma das fundadoras da Escola Regina Coeli, da OSSI e da COOPARMIL. Educou várias gerações, dedicando-se ao ensino de matérias específicas do antigo Curso Normal. Construiu junto com outras freiras as escolas existentes no monte do Redentor. Irmã Gabrielli também criou os "clubinhos", onde as professorandas que estudavam no Regina Coeli orientavam meninas, ensinando-lhes bordados e artesanato. Algumas vezes foi merecidamente agraciada com medalha de ouro e honra ao mérito, pelo Governo do Estado de Pernambuco.


Padre Luigi Cecchin – Padre Luís Nasceu no dia 11/12/1924, na Itália. Chegou em Limoeiro no ano de 1967, muito fez e continua fazendo em benefício de nossa comunidade. Algumas de suas benfeitorias: Creche Jardim de Infância, Casa para os sem família, Cursos profissionalizantes e o Centro de Formação de Menores.

domingo, 5 de agosto de 2012

MORRE SEVERINO ARAUJO

Morre maestro Severino Araújo

04/08/2012 02:00 -

RIO DE JANEIRO (AE) - O maestro Severino Araújo, de 95 anos, que durante 67 anos comandou a Orquestra Tabajara, morreu ontem no Rio, vítima de infecção urinária e consequente falência múltipla dos órgãos. Diabético, ele estava internado desde 20 de julho no Hospital Ipanema Plus, na Zona Sul. O enterro será hoje, ao meio-dia, no cemitério São João Batista, em Botafogo (Zona Sul).

Criada em 1933, a Tabajara é a mais antiga orquestra de baile do Brasil e continua em atividade. Severino deixou a orquestra em 2005, quando transferiu a função de maestro ao irmão Jaime, saxofonista, hoje com 87 anos. Nascido na cidade de Limoeiro (Agreste Setentrional do Estado) em 23 de abril de 1917, filho do professor de música e regente de banda Cazuzinha, Severino começou a estudar música aos 6 anos e logo demonstrou seu talento. Dono de “ouvido absoluto”, aos 8 anos ele já ajudava o pai a dar aulas aos instrumentistas; aos 12 anos dominava instrumentos de sopro e compunha e aos 16 esboçou os primeiros arranjos.

Em 1933 a família se mu­dou para Ingá, na Paraíba, onde Severino começou a trabalhar profissionalmente como músico. Em 1936 ele foi convidado para tocar na Banda da Polícia de João Pessoa, e em 1937 foi contratado pela Tabajara, criada quatro anos antes. Em 1938 o regente da Tabajara e pianista Luna Freire morreu e Severino foi convidado para substituí-lo.
O maestro foi para o Rio em 1944, e no ano seguinte os demais músicos da Tabajara também se mudaram para a então capital federal, onde a orquestra começou a brilhar nas rádios e nos salões de baile.

DISCOS
A Tabajara gravou mais de cem discos, acompanhou os principais artistas brasileiros (Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia), fomentou o talento de muitos músicos (o clarinetista Paulo Moura integrou seus quadros), tocou para presidentes da República (Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek) e teve crooners famosos como Jamelão e Elizeth Cardoso.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

VOLEI DE PRAIA EM LIMOEIRO

Vôlei de Praia em Limoeiro

Depois de sediar uma etapa do Campeonato Sulamericano de Vôlei de Praia, em 2011, o município de Limoeiro se prepara para receber mais um evento do segmento. Este ano, a cidade receberá uma etapa do Campeonato Brasileiro Universitário de Vôlei de Praia. A competição acontecerá entre os dias 02 e 05 de agosto, em uma arena móvel montada ao lado da Academia das Cidades, as margens da PE-50. A parceria firmada entre a Federação Pernambucana de Voleibol (FEVEPE) e a Prefeitura de Limoeiro permitirá o município receber, em média, 20 duplas masculinas e 20 duplas femininas de diversos estados brasileiros.
“Vamos manter a mesma estrutura da competição passada. Aproximadamente 80 atletas vão estar em Limoeiro hospedados e se alimentando. Além da difusão e da interiorização do esporte, isso significa o fortalecimento do turismo e da economia da cidade”, destacou o ex-jogador e atual diretor da FEVEPE, Lula. Ele informou que no dia 02 de agosto acontecerá o congresso técnico no plenário da Câmara Municipal de Vereadores. Nos dias 03, 04 e 05 de agosto serão realizados os jogos. “Como muitas pessoas trabalham no comércio durante o dia, estamos analisando a possibilidade de incluir na tabela alguns jogos no período da noite. Assim vamos contemplar a todos”, adiantou Lula.
Em 2011, a mesma competição foi realizada nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. “Este ano vem para Limoeiro. Seria até um paradoxo, mas o diferencial é que estamos com o pensamento de fortalecer o esporte no interior”, disse o diretor, ao destacar que o evento será de alto nível e que garantirá as duplas melhores classificadas, vaga para disputa do mundial, que acontecerá no mês de setembro, em Maceió/AL.
FONTE: Jornal O COTIDIANO