domingo, 15 de julho de 2012

Elixir Sanativo - DE LIMOEIRO PARA O BRASIL

Elixir Sanativo



Elixir Sanativo desde 1888

Elixir Sanativo
Curando diversos males

Uma mistura de ervas medicinais, Aroeira, Angico, Mandacaru e Camupu, descoberta por João Gabriel Firmino de Figueiredo, atravessou o século e se mantém firme no mercado. Descoberta em 1888 e com eficácia comprovada cientificamente nesse mesmo ano, em exame realizado pela Inspetoria Geral de Higiene da França, a fórmula do Elixir Sanativo foi consagrada pelos consumidores. Há mais de um século, o remédio é usado por milhares de pessoas para estancar sangramentos, extração de dentes, curar úlcera e estomatites, entre outras doenças. O elixir, tão conhecido das famílias, é fabricado pelo Laboratório Pernambucano Laperli.
Natural de Limoeiro, município do Agreste do estado, João Firmino era conhecido em sua cidade como um raizeiro (pessoa que entende de raízes). Foi em Limoeiro que o remédio foi testado e teve seus benefícios comprovados pela população. "Os registros mostram que o medicamento era usado para curar males internos e externos. É tão salutar que não tem nenhuma contra indicação", ressalta o diretor comercial do laboratório, Fernando Nóbrega.
Já com a idade avançada, em 1914, o raizeiro João Firmino negociou a fórmula do sanativo com a firma F. Carneiro Guimarães (Drogaria Brasil). Em 1941, a fórmula foi vendida a João da Silva Lemos Guimarães, fundador do Laboratório Pernambucano Laperli. Desde então, a utilização do medicamento ganhou ainda mais força. "O remédio foi aprovado para curas diversas de tratamento odontológico, problemas respiratórios, infecção na garganta e até mesmo uso veterinário", conta Nóbrega.
A popularidade do medicamento é tamanha que até em livro de cordel o Sanativo teve sua história contada, no início de 1903. Ao longo de sua existência o medicamento foi premiado com medalhas de ouro, prata e bronze em exposições realizadas no Brasil e no exterior. Entre os prêmios recebidos estão os na Exposição Universais de paris e Saint Loius, em 1889, nos Estados Unidos, em 1904, no Centenário Farroupilha, em 1936.
O sucesso do remédio é tamanho que os consumidores fazem questão de escrever para o laboratório para agradecer. A cada ano, milhares de cartas são enviadas para a sede do laboratório pernambucano. 
Fonte: Pernambuco.com
Elixir da vida longa 
Jomar Morais, da EXAME
O que há em comum entre a General Electric, a gigante americana que fatura 100 bilhões de dólares com uma gama de produtos e serviços baseados em alta tecnologia, e o Laboratório Pernambucano Ltda., o Laperli, modesta indústria de Recife que fatura 2,5 milhões de reais produzindo remédios à base de plantas medicinais do Nordeste?
Aparentemente, nada. Mas só aparentemente. Apesar da distância astronômica que as separa quando o assunto é números, as duas empresas fazem parte de um mesmo e seleto clube internacional: o das organizações cujas marcas atravessaram o século XX, sobrevivendo a um período de invenções e mudanças sem precedentes na história da humanidade. É uma proeza e tanto, especialmente se se levar em conta o ritmo antropofágico da economia globalizada nos últimos anos. Surpreende também o detalhe de a grife brasileira ter chegado lá sem ter despendido sequer a milionésima parte dos investimentos bilionários que sustentaram outros nomes centenários. A saga da GE, herdeira da criatividade de Thomas Edison, o inventor do fonógrafo e da lâmpada incandescente, todos conhecem. Coube, porém, a um certo elixir Sanativo, produto fitoterápico concebido há mais de um século por um curandeiro de Limoeiro, no interior de Pernambuco, inscrever o Laperli entre os donos das marcas mais longevas do planeta.
Mistura de extratos de angico, aroeira, camapu e mandacaru, vegetais comuns na caatinga, o remédio teve sua eficácia comprovada cientificamente ainda em 1888, por meio de um exame realizado pela Inspetoria Geral de Higiene da França. Desde então, o Sanativo é utilizado como cicatrizante, anti-hemorrágico e bálsamo no tratamento de cortes, extrações de dentes, queimaduras, herpes e infecções da boca, como as incômodas aftas.
No Nordeste, o velho elixir é um dos campeões de venda em farmácias populares, além de ter boa penetração na classe média e entre dentistas da região. Mas há ainda um longo caminho a ser percorrido pelo produto, se quiser marcar presença nos próximos 100 anos. A produção mensal de 320 000 unidades corresponde a apenas um quarto da capacidade do laboratório. Depois de sobreviver ao competitivo século XX, agora o desafio do Sanativo é conquistar os jovens e ampliar suas vendas no mercado paulista, atualmente limitadas às redes de drogarias São Paulo e Centrofarma. Para isso, o Laperli está investindo 1,5 milhão de reais no desenho de embalagens modernas e funcionais - incluindo uma versão do Sanativo em spray - e na elaboração de uma nova estratégia de marketing. A meta é quintuplicar a produção e o faturamento.

5 comentários:

  1. Os produtos com a logomarca Sanativo não são encontrados em Brasília - DF. A pg.na internet não abre os telefones não atendem!!! o que está acontecendo com o laboratório Laperli?

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  2. Não deixo de ter o Sanativo em casa...excelente!

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  3. Sim já usei quando criança e era fantástico sicatrisava qualquer ferimento!!!! Que bom que ainda existe pena que não tenha no sul e sudeste do Brasil.

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  4. Excelente aprendi a usá-lo atravez dos meus avos e pais que desde então era nosso medicamento e não podia faltar na nossa casa e o principal é fitoterápico não existe comparação com os da indústria química

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